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Resolução de Conflitos: o que é e quais as formas mais utilizadas

  • 10 março, 2019

As organizações, sejam elas públicas ou privadas, são sistemas formados por grupos de pessoas ligadas por interesses em comum que integram uma estrutura de afetividade, realização e crescimento, em que as necessidades, interesses e sentimentos são na sua maioria diferentes, e isso gera muitos conflitos. Tais conflitos tendem a se tornar mais enraizados quando as pessoas evitam lidar com as suas emoções fortes, tendo as partes a necessidade de lidar, ou de resolver, estes conflitos. Este é o tema deste artigo: a resolução de conflitos.

O que é resolução de conflitos?

A resolução de conflitos pode ser definida como um processo formal ou informal que duas ou mais partes usam para encontrar uma solução pacífica do litígio que as opõe. Como podemos configurar um processo de resolução de conflito construtivo ao lidar com o conflito no trabalho e em outras esferas? Conflitos podem ser resolvidos de diversas maneiras:

  • Negociação
  • Mediação
  • Arbitragem
  • Litígio

Vejamos a seguir cada uma dessas modalidades:

Na negociação colaborativa, por exemplo, você deve apontar para descobrir os interesses subjacentes das partes, tal como um desejo de resolver uma disputa sem atrair publicidade negativa ou reparar um relacionamento comercial danificado. Além disso, determinar a sua melhor alternativa para um consenso, caso não consiga chegar a um acordo. Com um brainstorming à procura de soluções de compromisso, através de questões, você pode ser capaz de negociar um resultado satisfatório para sua disputa sem a ajuda de terceiros.

Na mediação, uma terceira parte neutra, sem impor uma solução, incentiva as partes a descobrir os interesses subjacentes às suas posições. Os mediadores trabalham com as partes juntamente e separadamente, ajudando-as descobrir uma resolução que seja sustentável, voluntária e satisfatória para ambas.

Quanto à arbitragem, que pode assemelhar-se a um processo no tribunal, o árbitro ouve os argumentos e provas apresentados por cada lado, em seguida, processa uma decisão vinculativa e, muitas vezes, confidenciais. Embora as partes normalmente não possam recorrer da decisão de um árbitro, eles podem negociar a maioria dos aspectos do processo de arbitragem, incluindo se os advogados estarão presentes e se serão utilizados padrões de evidência.

No litígio, as partes buscam resolver os conflitos através de demandas no judiciário, transferindo a responsabilidade de uma decisão para um juiz, que muitas das vezes não são satisfatórias para as partes, com um alto custo econômico e um forte desgaste emocional, numa relação ganha-perde.

Dados estatísticos demostram que esse último cenário se tornou inviável, pois os litígios se arrastam por anos, as demandas continuam aumentando a cada tempo e a falta de estrutura do judiciário não vem acompanhando essa realidade.

Com as novas normativas legais do ordenamento jurídico brasileiro, os métodos de solução consensual de conflitos vem sendo estimulados por juízes, advogados, defensores públicos e membros do Ministério Público, inclusive no curso do processo judicial, contribuindo efetivamente para a construção de uma cultura de pacificação social, numa relação ganha-ganha entre as partes.

Tais métodos podem ser aplicados em diversos contextos. Um contexto específico de conflitos constantes é o sistema penitenciário. No cárcere, os conflitos entre internos e entre internos e agentes públicos são constantes. Sua resolução consensual pode fazer a diferença entre um ambiente harmônico e um possível levante, como também a diferença entre um presídio tomado por facções e um presídio propício para uma verdadeira ressocialização.

Este seria um outro papel da Inteligência Penitenciária: identificar possíveis conflitos entre internos, entre líderes de facções, e se antecipar, inclusive aplicando técnicas de resolução de conflitos para evitar consequências indesejáveis.

Todos ganham nesse novo cenário.

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