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Tecnologia de Segurança Pública

Tecnologia de Segurança Pública: importância estratégica

  • 26 junho, 2019

Na contemporaneidade, não se consegue enfrentar o fenômeno da violência e da criminalidade sem tecnologia de Segurança Pública, através do uso adequado de ferramentas de ponta. Há necessidade de acompanhar a evolução tecnológica. Certo que o outro lado está modernizando as suas táticas e técnicas: o crime está se sofisticando, evoluindo também. Nesse diapasão, se os órgãos de segurança pública não acompanharem essa evolução, a sociedade testemunhará a prevalência da eterna síndrome da rainha vermelha¹ como profetizou Marcos Rolim.

 

Tecnologia de Segurança Pública¹A “Síndrome da Rainha Vermelha” é um conceito, um postulado de sociologia, publicado na forma de livro de não-ficção pelo autor e sociólogo Marcos Rolim.

Todo o conceito da obra é pensado para ser trabalhado em cima da segurança pública brasileira e suas deficiências.A ideia surge de uma passagem específica de personagens específicos da obra de Lewis Caroll, “Alice Através do Espelho”. É sobre a frustrante sensação da personagem Alice de que quanto mais se corre, mais se fica no mesmo lugar:

“Vamos , Alice , corra, corra mais”. Exausta com o esforço, ela se frustra quando percebe que não saiu do lugar. No mundo da Rainha Vermelha é assim mesmo. Corre-se mais e mais, para não sair do lugar. Alias, é preciso correr muito para ficar no mesmo lugar…”.

Fonte Síndrome da Rainha Vermelha

A indústria tem jorrado nas prateleiras novas e modernas ferramentas, em um ritmo alucinante, que conseguem monitorar, analisar e compreender a dinâmica dos atos delitivos. Todos os dias são apresentados novos produtos que auxiliam os operadores de segurança, com tecnologia de segurança pública, a entenderem as tramas mais bem urdidas pelos criminosos.

Quando Zigmunt Bauman disse que: “vivemos como se estivéssemos sobre uma fina casca de gelo. Se parar ela racha.” Era exatamente esse movimento que ele estava se referindo. Da velocidade da pós-modernidade.

No momento, uma das ações mais efetiva do Estado, no controle social, é a atividade de Inteligência de Segurança Pública (ISP), a qual: “é o exercício permanente e sistemático de ações especializadas para identificar, avaliar e acompanhar ameaças reais ou potenciais na esfera de Segurança Pública.”

Contudo, se essa atividade não dispuser das ferramentas tecnológicas mais modernas da atualidade, não conseguirá fazer frente aos ataques praticados pelos criminosos. Um exemplo crasso é a festejada operação Lava Jato o qual conseguiu desvendar vários crimes contra a administração pública.

Uma das principais ferramentas usadas nessa operação foi uma solução da empresa israelense Cellebrite que permite a coleta, preservação e análise de dados, incluindo informações de imagens, perfis, localização e comunicação dos principais aplicativos de redes sociais. Tal ferramenta permitiu aos agentes extrair e visualizar dados disponíveis publicamente de redes sociais. Ainda auxiliou o analista no acesso e ao compartilhamento de provas. As análises de vínculos permitiram que o analista de Inteligência visualizasse os alvos num emaranhado de dados e números.

Por certo, se as análises desses dados fossem realizadas manualmente, levaria uma eternidade para se chegar a alguma conclusão. Esse programa agilizou o trabalho, simplificou a operação e tornou a atividade mais profissional. Ainda, fortaleceu o princípio da ISP da oportunidade.

Existem vários outros sistemas, aplicativos e dispositivos tecnológicos disponíveis no mercado atualmente. Em breve falaremos de outros exemplos concretos de ferramentas úteis ao setor de Inteligência e análise de dados.

Assim, pugnamos que o estado moderno, em seu nobre desiderato de garantir a segurança pública e fortalecer o Estado democrático de direito, não pode prescindir do uso da tecnologia de Segurança Pública no enfrentamento da criminalidade organizada.

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