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Tomada de Decisão

Tomada de Decisão: A Importância do Processo Decisório estruturado para a Atividade de Inteligência

  • 29 setembro, 2022

Como se sabe, decidir significa fazer uma escolha, selecionar algo a partir de uma gama de opções. A tomada de decisão, em diversos momentos, não é fácil nem simples.

Tomamos decisões o tempo todo, é inevitável. Elas nos cercam por todo cotidiano e dizem respeito desde às mais elementares condições básicas até às mais relevantes. Passam pela escolha de vestimentas, sobre qual filme assistir no cinema. Podem ganhar um pouco mais de complexidade decisões sobre local de moradia, profissões, sobre qual software utilizar, até atingirem o nível de decisões de alto (ou altíssimo nível) que envolvam grande impacto, cenários de incerteza e também dependência de decisões de outras pessoas ou organizações.

Mesmo que de forma inconsciente, sempre temos um método que utilizamos para a tomada de decisão, que deve ser amoldado ao nível de complexidade inerente, sempre avaliando os cenários de prós e contras.

A partir da percepção de que o processo decisório não se esgota por si só na busca da construção da escolha mais adequada, vê-se que é muito conveniente a exploração do processo decisório à luz de elementos auxiliares, como o processo de Inteligência, o planejamento estratégico e a formidável ferramenta dos mapas mentais.

A atividade de Inteligência opera como suporte ao processo decisório, ela acrescenta um elemento que entendemos fundamental na busca por melhores decisões: conhecimento.

Já o planejamento estratégico traz um olhar para as decisões de maior importância, considerando o longo prazo e sua relação com ambiente externo. As decisões trazem consequências que atingem também pessoas e organizações que não estejam envolvidas na decisão.

Já os mapas mentais aparecem como uma ferramenta auxiliar em que se apresentada de forma gráfica elementos que causam impacto no processo decisório e facilitam a visualização dos cenários e alternativas.

Inteligência: uma atividade que visa a melhor Tomada de Decisão

É relevante se produzir conhecimento para garantir decisões melhores. A Atividade de Inteligência se divide em duas partes: Inteligência e Contrainteligência.

  • Inteligência: é definida no parágrafo segundo do artigo primeiro da Lei 9883/99 como a atividade que visa a obtenção, análise e disseminação de conhecimento dentro e fora do território nacional, sobre fatos e situações de iniciativa ou potencial influência sobre o processo decisório de ação governamental, sobre a salvaguarda e a segurança da sociedade e do estado.
  • Contrainteligência: é definida no artigo terceiro da mesma lei como atividade que objetiva neutralizar a Inteligência adversa.

O processo da Inteligência tem início com a definição das necessidades do que se precisa buscar para a formação do processo decisório.

Evidente que quanto maior a complexidade, mais será importante o conhecimento e a necessidade da Atividade de Inteligência. O conhecimento produzido por ela tem importância fundamental para a criação e identificação de cenários que servem como base para a tomada de decisão.

A atividade de Inteligência não se satisfaz com a mera captura de dados, estes são parte do processo, mas na sua entrega final que consiste na análise das informações e dados obtidos.

Destacamos que a Atividade de Inteligência deve ter um ambiente que propicie autonomia para fazer com que haja a transformação das informações em conhecimento de maneira isenta.

O ponto nevrálgico da correlação do tema Inteligência com a tomada de decisão é o fato de se evidenciar a grande importância de se ter informações e dados transformados em conhecimento para que isso sirva de embasamento de decisões.

Há teorias que podem considerar Inteligência como uma atividade, como um produto ou mesmo uma organização. Seja lá como for, o mais importante é que a Inteligência produza conhecimento relevante para auxiliar o processo decisório.

Planejamento estratégico

Planejar é realizar um exercício de antecipação, preparação para algo que está por vir, definir como se deve realizar determinada atividade diante de um cenário previsto.

É a tentativa de se preparar para que algo aconteça de determinada forma, com diminuição dos níveis de ansiedade e potencializando o nível de controle sobre o cenário.

E isso tem relação direta com o planejamento, e dessa necessidade vem o maior desafio, que é a união entre os planos criados com o cenário externo, em que há evidente dependência de fatores e de decisões de terceiros.

O planejamento se mostra fundamental para a definição de metas, objetivos, prioridades, evitando com isso ficar à deriva no cotidiano e acabar fazendo parte de outros planos que não os seus, presos a urgências em detrimentos das atividades realmente importantes.

Mapas Mentais: importante ferramenta na tomada de decisão

De acordo com Ismar Souza, os mapas mentais “são diagramas estruturados e simplificados de um determinado conceito ou ideia. São formas gráficas utilizadas para organizar, hierarquizar e apresentar informações de uma forma mais resumida e fácil para nosso cérebro processar e memorizar.”

Eles podem ter uma infinidade de usos. Há pessoas que os utilizam para estudar, para criação de resumos, para detalhamento de ideias, para exposição de possibilidades, mas no caso do Curso Tomada de Decisão vamos apresentá-lo como um grande auxiliar do processo decisório.

Isso porque dependendo do cenário de ser presente o mapa mental pode representar um guia muito importante para que as possibilidades envolvidas na decisão se mostrem claras.

O mapa mental pode ser feito de várias formas, inclusive à mão. Existem inúmeros softwares para a criação de mapas mentais digitais, cuja vantagem é a facilidade de criação e edição (muito usual). Porém, o mais importante é que seja o mapa físico ou digital, deve ser no formato que você se sinta familiarizado.

Os mapas mentais podem sintetizar a junção de ideias, cenários, possibilidades, oportunidades, ameaças, partes envolvidas, aspectos positivos/negativos. Eles servem de base para inserir todos os elementos que se relacionam à decisão.

Analisar qualquer situação utilizando de mapas mentais é transferir para um espaço (tela/papel) para além dos olhos todo o panorama de uma situação a ser decidida. E o resultado costuma ser muito válido.

Conclusão

Do que foi exposto, podemos concluir que decidir é algo indissociável de todas nossas atividades, de nosso cotidiano. Porém, quando o fazemos de forma estruturada podemos obter um resultado muito mais proveitoso.

O que se sugere por aqui é que tal estruturação ocorra utilizando as seguintes ferramentas acessórias: atividade de inteligência, planejamento estratégico e os mapas mentais.

Entende-se que com tal método, será obtido um cenário enriquecido por conhecimento e formas que conduzirá o decisor a uma situação de maior assertividade.

 

Texto por Leonardo Bocchese, Executivo e Educador Corporativo

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